Capa do livro (com a banda Nitro)
O livro chamado “American Hair Metal” retrata o período antes da ascenção do movimento Grunge em meados dos anos oitenta, onde bandas como POISON, BON JOVI, CINDERELLA e outras estavam no topo das paradas norte-americanas, e muitas levaram ao extremo o visual chamativo surgido no chamado Glam Rock na década anterior.
O autor, Steven Blush, elegeu especialmente para o canal norte-americano VH1 alguns dos maiores destaques da época, baseado unicamente nos… cabelos, já que de acordo com o próprio Steven não havia nada para ser analisado, afinal as bandas não se baseavam em nenhuma ideologia e muitas sequer tinham algo em comum musicalmente falando. O que elas queriam mesmo era “chutar os traseiros” e se divertir bastante.
“Sempre se venderam como sendo a banda com as guitarras mais rápidas, o vocal mais agudo (o vocalista Jim Gillete sempre disse que consegue quebrar taças de cristal cantando) e a bateria mais forte de todas. Bem, pelo menos no quesito ‘tamanho de cabelos’ eles ganham de todos! Se você assistir ao clipe da canção ‘Freight Train’ verá que o cabelo de Gillette faz um arco de 180 graus em relação à cabeça!”
“Eles adotaram o visual do Período Elizabetano (por volta de 1600), traduzido em longos cabelos, roupas cheias de franjas e lábios ameaçadores. Para mim eles definem o visual e as vibrações do gênero. Há uma passagem do livro onde Eric Brittingham (vocalista), afirma que entrou na banda como baixista pois o então vocalista Tom Keifer o havia visto balançando os cabelos em um clube, portanto foi graças ao seu cabelo que ele acabou entrando na banda”.
Banda definitiva do gênero: POISON
“Onde tudo começou. No caso deles havia uma ambigüidade muito grande, você podia escolher de que lado estava, se o negócio era gostar de homem ou mulher. O vocalista Bret Michaels é o cara mais desejado pelas mulheres que gostam do gênero. Naturalmente boa parte dos integrantes das bandas do estilo eram cabelereiros, mas o baterista do grupo, Rikki Rockett, vai além, pois é profissional na área de cosméticos”.
Melhores “agitadores de cabelos”: WARRANT
“Cada movimento no palco era ensaiado, tudo com objetivo de balançar o cabelo, deixá-lo cair até os joelhos e depois sacudir a cabeça. Eles levaram a coreografia ao extremo. Não tinham os maiores cabelos do mundo, mas sabiam como trabalhar com ele. Muitos detentores de cabelos imensos receavam se aproximar demais das luzes do palco, pois a temperatura elevada poderia desmanchar os penteados”.