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Maximus Festival une gerações do rock pesado com Linkin Park, Prophets of Rage e Slayer para 40 mil em SP

Bandas vizinhas da Califórnia, mas de gerações e estilos bem diversos, agradaram aos diferentes tons de preto no festival em Interlagos neste sábado.

Dá para contar uma historinha do rock pesado entre os anos 80 e 2000 com as atrações principais do Maximus Festival, que reuniu 40 mil pessoas na noite deste sábado (13) no Autódromo de Interlagos, em SP, segundo a organização. Linkin Park, Prophets of Rage e Slayer se alternaram entre os dois maiores palcos à noite.

As três bandas, conterrâneas da Califórnia, são ícones de suas respectivas décadas e vertentes. A diversidade etária e sonora jogou a favor do Maximus. Tudo bem: estava todo mundo de camisa preta. Tirando isso, quem acha que metal é tudo igual deveria ter visto os shows e reparado nos diferentes tons de preto da noite.

O festival acontece no Brasil e Argentina e está na segunda edição. Em 2016, trouxe Marilyn Manson, Rammstein, Disturbed e outros, para 25 mil fãs. O Maximus ocupa espaço menor do que o Lollapalooza, no mesmo local, com menos palcos: “só” três. Neste ano, ganhou 15 mil pessoas e line-up mais caprichado, que incluiu Ghost, Rob Zombie, Rise Against, Pennywise e outros.

Os palcos principais era colados, sem tempo nem de respirar entre um show e outro. Mas era cada californiano na sua praia: o thrash metal do Slayer, que teve sua era de ouro nos anos 80; depois o Prophets of Rage, filhote do Rage Against the Machine e seu rap-metal dos anos 90; e o nu-metal do Linkin Park, com melhor fase no inicinho dos anos 2000, encerrando a noite em ordem cronológica.

Fosse o meme menos manjado, dava para abrir o texto lá em cima dizendo que o Maximus foi do metal raiz do Slayer ao nu-metal Nutella do Linkin Park. Isso sem demérito aos segundos, até porque foram eles que fizeram o show principal, o que atraiu mais gente e teve mais comoção. Cada vez menos preso ao tal nu-metal, que já não era nada raiz, a banda fez um show cheio de músicas novas, que beiram o pop eletrônico.

“Battle symphony”, uma das faixas de “One more light”, que sai no dia 19 de maio, poderia ser de uma dessas cantoras novas de pop alternativo. Já “Heavy”, quase no final do show, é literalmente de uma dessas cantoras, pois foi gravada em parceria com a Kiiara. O início de “Good goodbye” parece saído de uma boate em Ibiza e “Talking to myself” também se aproxima do eletropop. É provável que o disco seja o mais longe que o Linkin Park já chegou do rock pesado.

Para completar, um dos maiores hits das antigas, “Crawling”, veio em versão voz e piano. Por isso é um feito ainda maior que a banda segure um show principal de um festival que é basicamente de metal e hardcore. A grande base de fãs, que já sabia cantar vários refrãos novos, não deu nenhuma brecha a um possível estranhamento metaleiro. Até porque a banda tem sua parte eletrônica desde sempre. Mas claro que as mais antigas e barulhentas “Numb” e “In the end” é que se destacaram mais.

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